Esse texto é um interessante guia para deixar você, nobre leitor, por dentro do vasto universo que tivemos acesso, com a chegada da série de "The Witcher", que será disponibilizado na Netflix. Sendo assim, aproveitei a oportunidade e convidei um nobre amigo meu, que adora esse universo. Originalmente um texto dividido em duas partes, esse primeiro texto servirá também como um complemento de um futuro vídeo em que comentaremos sobre "The Witcher 3: Wild Hunt" e as nossas expectativas para o futuro da série.
Texto escrito e editado por Bruno Boldrin
Esse texto é
para mostrar a você que nunca jogou, ou que não conhece o universo de The Witcher.
Espero que goste.
Antes de
qualquer coisa...
Reescrevi
várias vezes esse texto, pois ao mesmo tempo em que queria me expressar sobre o
universo adaptado de The Witcher e seus livros, decidi que não contarei nenhum
spoiler sobre os jogos ou livros para que vocês vão atrás ao final de tudo.
(E, para que você sinta uma maior imersão, deixem essa trilha tocando enquanto leiam o texto...)
“On so-called witchers... Stray childen taught the ways of foul sorcery, their bodies mutated through blasphemous ritual. Sent to fight monsters though they could not distinguish good from evil. The flicker of humanity long extinguished within them.”
O QUE É UM WITCHER?
Em uma definição rápida. “witchers” e "witchs" são diferentes no universo de The Witcher; basicamente, homens
não “herdaram” os poderes de uma bruxa, ou seja, existem feiticeiros e magos
homens, mas não “bruxos”; da mesma forma que não existem mulheres "Witchers".
Os Witchers, são garotos levados para as escolas
de bruxos, ainda quando pequenos, e treinados para serem matadores de monstros, sendo treinados fisicamente e mentalmente, além de precisarem passar por estudos extensivos de
poções, e o conhecimento do bestiário - que, basicamente, é um livro do qual tem
informações sobre os monstros, suas fraquezas e como mata-los. Existem 6
escolas de bruxo, cada um do qual carregam um medalhão indicando de qual escola
os mesmos pertencem, sendo elas: a Escola do Lobo, a Escola do Gato, a Escola do Grifo, a Escola da Víbora, a Escola da Manticore e a Escola do Urso.
As crianças, que são levadas como candidatas, passam por um
treinamento intenso para se desenvolverem antes de passarem pelo ritual das
ervas. Cerca de apenas 3 de 10 candidatos sobrevivem a este teste.
O teste
das ervas basicamente é usado para gerar as mutações de bruxo que entre elas
também envolvem um aprimoramento do organismo, como:
·
Metabolismo super acelerado.
·
Melhor controle da respiração e folego a
níveis sobre humanos.
·
Força e velocidades sobre humanas.
·
Aprimoramento do sistema imunológico.
·
“Olhos de víbora” ou “olhos de gato”; os Witchers desenvolvem uma pupila amarelada, que os dão privilegio de conseguir
enxergar em praticamente completa escuridão e da mesma forma não serem
ofuscados com grandes concentrações de luz, como a do próprio sol.
·
Sentidos
aprimorados (reflexos, audição, etc...)
·
Um leve fator de cura.
·
Vida útil e juventude aumentada de
maneira excepcional.
· Habilidade de conjurar feitiços básicos,
os chamados “sinais de bruxo” (Yrden, Quen, Igni, Axii, Aard).
E além de tudo, os Witchers se tornam estéreis, e tem seus sentimentos praticamente extinguidos. Sim, eles ainda podem sentir seus sentimentos, mas isso são em raras exceções; pois a intenção é torna-los menos suscetíveis a erros, medo, raiva ou felicidade. Quaisquer desses tipos de emoções são praticamente removidos dos Witchers na intenção de aperfeiçoa-los em combates, então não é que eles não sabem distinguir o bom de mal, porem matar monstros é um trabalho, e eles muito dificilmente sentem remorso em cobrar o pouco ouro de uma vila por matar seu monstro; dificilmente não sentem remorso por matar, não sentem pressão ou entram em desespero ao lutar com um lobisomem dentro do seu próprio covil. Mas, diante toda a mitologia de The Witcher, eles, ainda sim, podem acontecer de terem as suas emoções ativadas em algumas situações. Nos jogos, por exemplo, os momentos em que Geralt demostra os seus sentimentos acontecem em pouquíssimas ocasiões, na maioria das vezes esmagadora, é por Ciri, sua filha adotiva.
São poucos os Witchers que sobrevivem sem sequelas (sim, pois mesmo sobrevivendo existe a chance dos testes gerarem sequelas como problemas respiratórios, cegueira e problemas no sistema
nervoso) Esses são
submetidos ao caminho do medalhão, uma prova do qual os candidatos devem subir
até o altar dos elementos aonde encantarão seu medalhão, isso faz com que o
medalhão tenha um sentido além de identifica-los, os medalhões reagem a magia e
coisas sobrenaturais (na presença de monstros, ou alguém que possa estar usando
um feitiço de ocultação).
E mesmo depois de
todo o treinamento, e terem sobrevivido as mutações, pouquíssimos Witchers
vivem pra contar história, muitos dos Witchers morrem em contratos simples
contra "nekkers" ou "drowners".
Além disso, Witchers tem outras
características básicas, porém marcantes:
- Estilo de combate: podendo variar dependendo da escola da qual são treinados, todos são treinados em um estilo de combate ágil, sem escudos ou armaduras full-plate, Witchers carregam espadas com cerca de um metro e meio de altura e de lâmina leve.
- As famosas Espadas de Prata: todo o Witcher tem duas espadas - a espada comum feita de aço, para durar mais e usada para lutar contra humanos ou humanoides (lobos, cães selvagens, ursos, etc...) e a espada feita de prata, essas espadas são designadas para matar monstros. No geral, a maioria dos monstros pode ser morto ou afastado por uma lamina de prata, nos livros a população de monstros é extremamente baixa em comparação aos jogos, então para não atrapalhar a movimentação nas lutas, Geralt deixa sua espada de prata junto ao equipamento para monstros no Rouch ou Plotka (sua égua), mas existem outras maneiras de se matar um monstro sem ela, Ciri por exemplo não tem a famosa espada de prata, e em um momento mata um lobisomem com a lamina comum, usando apenas uma óleo preparado para matar lobisomens.
![]() |
| Na serie, o Geralt utiliza somente uma espada por estar em processo de evolução. Os produtores já revelaram que o personagem ira ter as suas duas espadas caraterísticas |
Muitas vezes durante os jogos e os livros, os humanos se referem aos Witchers como “mutantes” ou “não-humanos”, já que a maioria das pessoas vêm os Witchers como aberrações ou monstros, assim como elfos e anões. Isso se torna mais intenso durante o terceiro jogo, no qual, vou explicar o motivo mais pra frente - na segunda parte do nosso especial.
Até agora, falamos bastante sobre o que são os Witchers, embasando principalmente nos livros. Mas a franquia se tornou consagrada com a sua entrada na industria de games. Em 2007, a CDPR lançou o primeiro jogo da saga The Witcher, na época a produtora era minúscula no mercado, então o jogo acabou sendo desenvolvido pela CDPR, mas publicado pela Atari na época.
Por conta de um baixo orçamento e pouco conhecimento do público em geral sobre a saga de livros de Andrzej Sapkowski, a editora não tinha como competir com gigantes como Crysis que chegava no mercado, e era referência em gráficos, ao invés disso apostou suas fichas em uma história rica e no bom e velho elemento de RPG.
The Witcher se passa ao final dos livros de Andrzej Sapkowski, então sim, se possível leiam os livros antes pois é um spoiler, o jogo tinha uma excelente história, mas o gameplay além de confuso era difícil por conta dos comandos, mas não era impossível de conseguir jogar, mas precisava de um esforço.
O jogo começa com Geralt sendo encontrado sem memória e trazido a Kaer Morhen, a fortaleza dos bruxos da escola do lobo, depois de um tempo que Geralt retorna se recompõe, Kaer Morhen é atacada, dando início a um tutorial. Durante o ataque Leo, um Witcher em treinamento acaba sendo morto, e seu assassino consegue fugir por um portal levando uma porção de manuscritos dos Witchers, então Geralt junto com Triss decidem irem atrás do assassino, e nesse caminho tentar recuperar a memória de Geralt.
O primeiro jogo de The Witcher foi aclamado por crítica e público, e foi amado por fãs dos livros, o jogo conseguiu adaptar muito bem os livros, e ainda manter sua própria marca no jogo, o universo de Andezej Sapkowski chamou a atenção do público em geral, a aprovação do público rendeu uma continuação com um orçamento bem mais vasto e além disso alavancou as vendas dos livros.
Por conta de um baixo orçamento e pouco conhecimento do público em geral sobre a saga de livros de Andrzej Sapkowski, a editora não tinha como competir com gigantes como Crysis que chegava no mercado, e era referência em gráficos, ao invés disso apostou suas fichas em uma história rica e no bom e velho elemento de RPG.
The Witcher se passa ao final dos livros de Andrzej Sapkowski, então sim, se possível leiam os livros antes pois é um spoiler, o jogo tinha uma excelente história, mas o gameplay além de confuso era difícil por conta dos comandos, mas não era impossível de conseguir jogar, mas precisava de um esforço.
O jogo começa com Geralt sendo encontrado sem memória e trazido a Kaer Morhen, a fortaleza dos bruxos da escola do lobo, depois de um tempo que Geralt retorna se recompõe, Kaer Morhen é atacada, dando início a um tutorial. Durante o ataque Leo, um Witcher em treinamento acaba sendo morto, e seu assassino consegue fugir por um portal levando uma porção de manuscritos dos Witchers, então Geralt junto com Triss decidem irem atrás do assassino, e nesse caminho tentar recuperar a memória de Geralt.
O primeiro jogo de The Witcher foi aclamado por crítica e público, e foi amado por fãs dos livros, o jogo conseguiu adaptar muito bem os livros, e ainda manter sua própria marca no jogo, o universo de Andezej Sapkowski chamou a atenção do público em geral, a aprovação do público rendeu uma continuação com um orçamento bem mais vasto e além disso alavancou as vendas dos livros.
Já em 2011, 4
anos depois do lançamento do primeiro jogo da franquia, CDPR retornou com a continuação do jogo, contava
com um motor gráfico novo, uma nova mecânica de combate que atraiu muito mais jogadores.
O universo
em geral foi mais explorado, a variação de monstros aumentou gradativamente, a
trilha sonora recebeu uma maior caprichada, o combate se tornou muito mais
dinâmico e rápido.
Com o subtitulo de "Assassins of King", o segundo game se passa após o termino de The Witcher 1, Triss e Geralt estão trabalhando
com o rei do reino da Temeria, Geralt começou a recuperar sua memória, com a
ajuda de Triss, Geralt vem tendo flashbacks do seu tempo em que esteve
desaparecido, Yennifer está desaparecida, assim como Ciri, o jogo começa com Geralt
sendo interrogado por Vernon Roche, comandante e guerrilheiro das forças da
blue stripes, uma divisão militar da Temeria, Geralt é interrogado a respeito
do assassinato do Rei Foltest, o prologo se passa no tempo em que Geralt conta
a Roche como Foltest foi morto na invasão para buscar seus filhos bastardos.
Geralt estava como guarda pessoal de Foltest e acaba sendo considerado um
regicida, e aceita ajudar Roche e a blues-stripes a encontrar o assassino com a
ajuda de Triss também tenta recuperar o resto de sua memória para encontrar
Yennifer e Ciri.
Novamente
CD Projekt Red acerta, o jogo é novamente aclamado por público e crítica, e começa a se
tornar referencia nos jogos de RPG. CDPR trouxe uma trilha sonora excepcional,
uma história ainda melhor que seu antecessor, e ampliando ainda mais os
contratos de bruxo dando uma alavancada no fator investigativo, e ainda vinha
com mapas mais abertos que seu antecessor, e rendendo muitas horas de gameplay,
o jogo então rendeu um terceiro jogo, do qual falaremos dele - e também suas dlcs - em um outro dia, na segunda parte do nosso especial.







